sexta-feira, 27 de junho de 2014

Fórmula 1 2015 - Consequências da chegada da Honda

Estava conversando com o Lucas "Stunts" e o Washington, ontem, sobre Fórmula 1. Conversa vai, conversa vem, pois com quem entende é sempre bom falar, e o tema se desenvolve bastante, e chegamos aos motores. O que me faz lembrar de um post (recomendo que leiam) muito esclarecedor sobre este assunto, do meu xará Paulo Teixeira, o português enciclopédia de automobilismo do Continental Circus.


Como muitos aqui já devem saber, ano que vem acaba a longa parceria entre a McLaren e a Mercedes-Benz, que já estava meio abalada de uns anos pra cá. Os ingleses voltarão a correr junto aos nipônicos da Honda, parceria que fez sucesso no final dos anos 80 e início dos 90, rendendo bons títulos para a equipe, com Alain Prost e Ayrton Senna.

Até então, vai ficar uma vaga sobrando no fornecimento dos Mercedes-Benz. Mas a Honda não deve se limitar em ser exclusiva de uma equipe, e pode pegar um outro time médio. A resposta, talvez, seja a Force India, pois tem um vínculo técnico com o pessoal de Woking. Mais do que isso, até, pois bateu aquele remorso por dispensaram o Sergio Pérez, e conseguiram enfiar o mexicano lá, onde aliás, ele vem fazendo uma boa temporada.


Com isso, agora temos duas vagas disponíveis no fornecimento dos alemães. A Red Bull está farta dos problemas da Renault, e é uma interessada. Bem forte, diga-se de passagem, pois nada em dinheiro da indústria de bebidas energéticas, e da Nissan-Infiniti (se bem que essa última deve vazar sem ajudar muito, pois são do mesmo grupo da Renault). Mas ainda há Lotus, Caterham, e Sauber, que usa motores Ferrari, assim como a Marussia, mas esta última tem um contrato de maior prazo com Maranello, além de um vínculo mais forte.

Lotus, Carerham e Sauber vem passando por sérios apertos financeiros. Falando agora só das que usam os motores franceses, não é pra menos. O motor, além de fraco em relação aos outros, e bem problemático, apesar da Renault aos poucos vir solucionando tudo aos trancos e barrancos, é muito caro. Cada unidade de força custa 28,5 milhões de dólares. A transmissão é fabricada pela Red Bull, e o lubrificante indicado é o da petroleira francesa Total, aliás, o total dessa brincadeira é 40,5 milhões de dólares. Enquanto por tudo isso incluído, com a Mercedes gasta-se 26 milhões e com a Ferrari 30 milhões.

Irônico, não? O melhor motor + transmissão + óleo lubrificante, é o mais barato, enquanto o pior, o mais caro. Logo, as equipes mais ameaçadas com isso, são a Lotus e a Caterham, que podem sair muito prejudicadas, e já não tem muito dinheiro.

Interessante essas voltas do mundo da F1... Até o ano passado, os motores Renault eram os mais cobiçados, assim como foram ótimos no início dos anos 90. A Cosworth, que ninguém mais queria e deixou a categoria recentemente, também já dominou a categoria em outros tempos.

Vamos ver no que vai dar...


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Um abraço!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Fórmula 1 2015 - Relargadas paradas


Olha, eu acho que sou meio lerdo. Fiz o post sobre o Fiat Prêmio CSL mais cedo, já sabendo disso, e nem pensei em escrever sobre.

Bem, isso já vinha sendo uma hipótese, que se confirmou hoje: a partir de 2015, as relargadas da Fórmula 1 será paradas, depois que o safety car deixar a pista. Com exceção de que o safety car entre nas duas primeiras voltas, ou nas cinco últimas.

Posso pressentir o perigo e o caos...


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Um abraço!

Um "velho amigo": Fiat Prêmio CSL

Quando eu tinha 3 anos de idade, meu pai chegou em casa com um novo carro (mas não um carro novo). Minha amada Fiat Elba, que eu até chorei ao ver sendo rebocada certa vez que estragou (pelo menos me dizem isso, pois não me lembro), foi trocada por um Fiat Prêmio CSL 1987. Aquele com motor 1500 movido a álcool, vindo da Argentina. A diferença dele para o da foto abaixo, é que o do meu pai era a versão 4 portas. Mas até a cor era essa, bege. Aliás, como eu não conseguia pronunciar o nome do carro de maneira correta, eu o chama dessa forma, de o Bege. Assim como da foto abaixo, que é um CS. O CSL, que era o daqui, tinha 4 portas.


Meu pai o comprou em Belo Horizonte, na feira de automóveis do Estádio Governador Magalhães Pinto, vulgo Mineirão. Pouco rodado, mas com um alerta do dono: esse motor vai fundir logo. Meu pai sabia disso, mas o levou assim mesmo. Salvo engano até ganhou um desconto por esta razão. Rodou mais um pouco até fundir e fazer a retífica, e pronto, beleza. Motor refeito, praticamente novo, desempenho bom, confortável e espaçoso. Espaço generoso que se estendia ao porta malas, com a capacidade de 428 litros.

Mas aquele visual... aquela frente ainda mais quadrada, se é que me entendem. Lembram-se? Para o Uno, já havia a dianteira mais moderna disponível. Adivinhem o que me pai fez? Levou até a Fiat, e pediu para trocarem tudo da dianteira, deixando o Prêmio com cara de Uno. Acho que o pessoal da Fiat curtiu, pois coincidentemente, pouco tempo depois lançaram a nova linha o Prêmio com aquela dianteira mais nova. Meu pai completou a transformação do carro, fazendo o CSL ficar com uma cara mais jovial. Exceto pelo motor, pois o Prêmio mais jovem era 1.6, feito ali em Betim mesmo.


Mais tarde meu pai ainda trocou as rodas originais por outras mais bonitas, e posteriormente, a borracha do volante se soltou, e meu pai colocou um paralelo, mas não imitando os da Fiat. Um bem mais bonito, menor, e esportivo. Infelizmente não tenho foto de nada disso para mostrar aqui.


Coisas para as quais eu não ligava na época, mas que levo em consideração hoje: motor, performance.

Equipado com o 1500 argentino, o Bege tinha 13,2 kgfm de torque, e 84 cv de potência. Isso pesando só um pouco mais de 930 kg. Consumo bom, rodando 9,5 km/l na cidade, e 14 km/l na estrada.


É, até que o motor agradava bastante, mas acabou sendo o motivo de saída dele daqui de casa, coitadinho. Frequentemente visitava a oficina por problemas com o carburador, e quando meu pai ficou cheio de consertar o que sempre estragava, resolveu importar um carburador novinho da Argentina. Quando chegou, meu pai ficou todo empolgado e nem esperou estragar de novo (o que, sim, posso afirmar que aconteceria). Levou logo à oficina, e pediu para fazer a troca. E adivinhem? Pois é, o carburador novo estragou em menos de uma semana. Não dava mais. Adeus, Fiat Prêmio CSL, e bem-vindo, Chevrolet Corsa Super. Mas apesar dos problemas, gostávamos muito desse carinha.

E por que eu resolvi falar do Bege hoje? Porque eu o vi há poucas horas! Foi muito bom e nostálgico vê-lo novamente. Na hora tirei uma foto, e postei no Instagram. Vejam: http://instagram.com/p/puLq4IipEi/


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terça-feira, 24 de junho de 2014

Fórmula 1 2014 - O que está acontecendo com Vettel e Raikkonen?


Dois pilotos de atuações brilhantes no ano passado, vem chamando pouca atenção na atual temporada: Sebastian Vettel, que se tornou tetracampeão, e Kimi Raikkonen, que mesmo sem correr nas últimas provas, ficou em 5º na classificação final, com um carro que nem era de ponta, apesar de vencer a primeira corrida de 2013 (a mudança nos pneus no meio da temporada influenciou na perda de rendimento). Comparações com seus novos companheiros de equipe, vem complicando ainda mais a situação deles. Mas acalmem-se, pois não há nada de errado, e eu já vou explicar o que está acontecendo.


Gerhard Berger foi chefe da Scuderia Toro Rosso quando Vettel era um jovem padawan na equipe italiana satélite da Red Bull, na qual, com um carro bem mais ou menos, em uma temporada disputada pela Ferrari e a McLaren, o alemão, sob a chuva, fez a pole position e venceu o GP da Itália de 2008, em Monza. Os maiores feitos daquela equipe, que não se repetiram.

O veterano austríaco saiu em defesa de seu antigo pupilo, dizendo que ele e Daniel Ricciardo (que é um ótimo piloto) vivem momentos bem diferentes em suas carreiras, e para mim, que já pensava de forma bem parecida, essa explicação faz todo sentido. E ainda vou complementar um pouco.


Vettel teve um tetracampeonato consecutivo, tendo excelentes carros projetados pelo genial Adrian Newey. E não venham com aquela de "é só o carro", pois isso é válido para todos os campeões. Michael Schumacher, Alain Prost, Ayrton Senna (os três numericamente maiores, respectivamente... não confundam com melhores, que é subjetivo)...

Lembrem-se que o regulamento mudou, e isso influenciou demais na pilotagem. Os V6 1.6L turbo oferecem um torque superior ao dos antigos V8 2.4L aspirados, e tem menos pressão aerodinâmica, ou seja: são muito mais instáveis. Lembram-se de que antes, Vettel aproveitava cada milímetro das curvas? Muitos até acusavam o seu RB9 de ter controle de tração, o que é absurdamente ridículo, pois só a tentativa de usá-lo, já seria imediatamente, obrigatoriamente e automaticamente denunciada pela centralina do carro, e detectado pela FIA.

Agora ele precisa de uma pilotagem mais sutil, e não se adaptou tão bem à isso. Sofre com a traseira que não é mais colada ao chão como antigamente. Descobriram que mais no começo do campeonato, havia um defeito no chassi de seu RB10, e corrigido isso, ele melhorou, chegando em 3º lugar no GP do Canadá, enquanto seu companheiro de equipe vencia. Ou seja, ele ainda sabe pilotar muito bem.


É aí que vem a diferença. Enquanto Vettel, que só teve carros superiores, agora está tendo trabalho com um equipamento inferior, a situação de Ricciardo é inversa. O australiano estreou na Fórmula 1 no meio de 2011, correndo pela extinta Hispania Racing Team, a última equipe do grid. Os carros da HRT além de bem menos rápidos, chegando a andar no ritmo da GP2, tinham muito pouca pressão aerodinâmica. Quem doma aquela carroça, melhora seu desempenho com qualquer carro superior que venha posteriormente. Depois ele passou dois anos na Toro Rosso, com carros medianos. Logo, o RB10 é o melhor carro que ele teve na carreira! Então é lógico que a confiança aumenta, e seu desempenho melhora.

Ou seja, melhorou para Ricciardo, e piorou para Vettel. Simples assim.

Dito isso, vem os críticos do alemão, e endeusadores do espanhol Fernando Alonso. Sim, sim, eu concordo que o espanhol tem mais tato com o carro, se adapta melhor e mais rápido, tirando o máximo que pode de qualquer carro em que ele se senta no cockpit. Um piloto rápido (não o mais), habilidoso (seu diferencial), e completo (não o único). Aliás, ele disputou o título de 2010 pois saiu de uma Renault ruim, e pegou aquela máquina da Ferrari F10.


Por falar em Alonso, e as faíscas que todos esperavam que ele e Kimi Raikkonen trocariam, hein? Dois galos no mesmo terreiro era complicado... O finlandês veio da Lotus, de volta à Scuderia depois de ter sido pago para sair da mesma em 2009, como uma promessa de ser um desafio do presidente da Ferrari Luca di Montezemolo ao bicampeão espanhol.


Mais uma vez, é tudo questão de carro. Parece bobagem, mas você aí, motorista, não sente que dirige alguns carros de forma melhor, e outros, pior? Um carro é como uma roupa, e especialmente na Fórmula 1, são projetados e desenvolvidos de acordo com o estilo de pilotagem de determinada pessoa que vai passar mais tempo ali dentro dele.

Como Raikkonen teve um desempenho superior ao de Romain Grosjean na Lotus, os E20 e E21 eram mais para ele. Da mesma forma, Alonso sempre esteve mais em alta do que Felipe Massa em Maranello (só o clima dele com o pessoal de lá que não era lá essas coisas, ao contrário do brasileiro). Por esta razão, com Raikkonen chegando só neste ano, o F14-T é mais no estilo do espanhol, que é o oposto do arrojo finlandês. Os carros dele na equipe inglesa eram mais tendenciosos à ter uma saidinha arisca de traseira, assim Kimi jogava a dianteira para o lado que queria e pisava fundo. Já Alonso prefere um carro mais de dianteira, entrando mais com esta nas curvas, domando a traseira quando necessário, mas como algo secundário.

Seria interessante ver os dois formando dupla na Mercedes AMG, que tem um carro mais neutro, estável. Assim é o W05. Tanto que a disputa está mais equilibrada entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg, que também tem estilos diferentes, opostos.


Mas percebam que ambos, aos poucos, estão aprendendo, se adaptando, e melhorando. Todo piloto, sem exceção, passa por isso em algum momento da carreira


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Um abraço!
Paulo Vitor

domingo, 22 de junho de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Áustria - Corrida

(Foto: Getty Images)
Ah, que beleza... Mais uma boa corrida! Nada de "trenzinho" se formando,; Pelo contrário: as posições de alternando bastante, em todos os lugares. Que corrida, meus amigos! E essa volta à Áustria e seu A1 Ring, ou Red Bull Ring, também foi um sucesso de público. 180 mil ingressos, esgotados em 36 horas! Pelo visto, os austríacos sentiram falta da Fórmula 1.

(Foto: Getty Images)
Em uma corrida protagonizada pelas Williams e as Mercedes, Nico Rosberg, da equipe alemã, venceu o GP da Áustria 2014 de Fórmula 1! O pódio foi completado pelo seu companheiro Lewis Hamilton, e Valtteri Bottas, da equipe inglesa, respectivamente. Uma vitória merecida de Nico, mas há outros destaques da prova. Vamos por partes, começando pelo vencedor.

(Foto: Getty Images)
Aliás, antes disso devo dizer que, muita gente, inclusive eu, esperava bagunça na primeira curva. O que nessa pista, seria até natural. Mas a largada foi limpa. Só Daniel Ricciardo que deu uma leve escapada. Mas nem teve safety car. Tivemos apenas três abandonos, e nenhum deles foi, digamos, catastrófico.

(Foto: Getty Images)
Rosberg largou bem, chegando a ocupar a 2ª posição, ficando entre o líder Felipe Massa, e o companheiro deste, Bottas, que rapidamente tomou a vice liderança de volta, ainda na primeira volta. Até então, Hamilton não era alguém com quem se preocupar muito. Com paradas rápidas nos boxes, boas estratégia e performance, o alemão acabou ficando na posição mais favorável em relação aos carros de Grove, mas não antes de seguir atrás primeiramente de Sergio Pérez, da Force India, e Fernando Alonso, da Scuderia Ferrari. Pois ambos os pilotos adiaram suas paradas o máximo que puderam. Mais tarde, definitivamente como líder, foi perseguido pelo seu companheiro de equipe, Hamilton, que vinha fazendo voltas mais rápidas, mas ao mesmo tempo conservando melhor os pneus. Perigo em dobro. Mas o alemão resistiu à forte pressão até o fim, e assim, venceu, ampliando um pouco mais sua liderança no campeonato.

(Foto: Getty Images)
Para mim, talvez Hamilton tenha sido o piloto da prova. Largou muitíssimo bem, avançando pela parte do meio do grid e já pulando da 9ª para a 5ª posição. Teve um certo (e belo, quando feito por pilotos tão talentosos) com Fernando Alonso, um de seus maiores rivais. Depois, com toda a sua velocidade e bom trabalho em equipe, chegou em 2º, ameaçando seu companheiro de equipe, como eu já disse antes, sendo mais rápido que o mesmo e conservando o melhor os pneus, sendo que teve bem mais trabalho ao longo da prova, e superando as Williams.

(Foto: Getty Images)
Como Niki Lauda queria, de certa forma como uma "vingança" por tirarem seu nome de uma das curvas (pois ele é de lá, e até por isso, para todos com exceção da Red Bull, aquela continuará sendo a curva Lauda), tivemos uma dobradinha da Mercedes AMG.

Outro grande piloto hoje, foi exatamente o Bottas, que em sua segunda temporada e em um time que evoluiu muito do ano passado pra cá, finalmente conseguiu seu primeiro pódio! E com muito mérito, diga-se de passagem. O finlandês fez uma corrida excepcional. É, ele perdeu uma posição em relação à qual tinha largado. Mas só uma, e justo para os melhores carros do campeonato, os W05, que principalmente ao final da prova, usaram o máximo de seu desempenho, abrindo uma boa vantagem sobre o piloto de Grove. Esse 3º lugar foi praticamente uma vitória, e confirmou a Williams como a segunda força do grid. Para alguém gelado de raros sorrisos, da Finlândia, ele, é claro, ficou bem sorridente. Rubens Barrichello até brincou com isso, mas não me lembro se ele disse "ganhou até do Ricciardo", ou "só não ganhou do Ricciardo". Parabéns, Valtteri! Que venham outros pódios, e futuramente, vitórias.

(Foto: Getty Images)
Já o Massa, que foi o pole position, chegou logo atrás de seu companheiro, em 4º, deixando o pódio escapar por entre os dedos. Ele acredita que a justificativa para tal desempenho, esteja no primeiro pit stop dele. Não concordo muito. Tudo bem que ele é que estava vivendo isso, e não eu. Mas o telespectador tem uma visão mais ampla da corrida, e vê o que acontece em outros lugares, com outros pilotos.

É verdade sim que, se comparar com as paradas do Valtteri, as do Felipe terminaram com mais de 1 segundo ou mais de diferença. Então, sim, ele perdeu tempo com isso. Porém isso não era um grande problema para ele, que podia ter superado se fosse só isso. Vimos o quanto ele conseguia reduzir a diferença uns bons décimos por volta (como ele faz de costume, mas pouca gente repara, porque não querem reparar) quando perseguia seu companheiro de equipe. Só que isso se complicava quando tinha alguém entre eles, e alguém com ele perdeu bastante tempo hoje, foi logo aquele Pérez que atrasou demais sua parada, e acabou saindo entre os carros de Grove. O mexicano teria que fazer mais uma parada mesmo, e ao invés de atacar, arriscando outro acidente como o da última corrida, a equipe preferiu esperar. E eu entendo esse posicionamento perfeitamente, embora tenham perdido tempo demais com isso, ficando muitas voltas atrás do carro da Force India. Estavam de olho nos pontos do mundial de construtores, oras, e a combinação de seus pilotos estava ótima. Para eles tanto faz quem chega na frente, e estão certos nisso.

O problema é que pouca gente entende ou aceita que a Fórmula 1 é uma disputa de carros, marcas, equipes. O campeonato de pilotos é algo à parte, pois só dá status, e às vezes, disso nascem algumas lendas. Mas no final das contas, o que importa é o tamanho da fatia do bolo de Bernie Ecclestone que a equipe vai pegar, de acordo com sua posição no mundial de construtores. Por que a Williams ia querer seus pilotos brigando pelo 3º lugar, arriscando tudo, se ela sabia que 3º e 4º era o máximo que ela podia ter? Melhor garantir isso. Tudo bem que tudo é um trabalho em conjunto, mas é o piloto que trabalha da equipe, enquanto esta dá o equipamento que ele precisa para conseguir a glória que quer. Seu time de futebol tem algum título, certo? Os jogadores, cada um, é campeão daquilo. Mas primeiro você lembra que o título é do time.

Quando finalmente Pérez foi fazer sua última parada, Felipe teve que se preocupar mais com a aproximação de Fernando Alonso, e se defendeu muito bem do espanhol, abrindo certa vantagem. Um bom 4º lugar para ele, e para a Williams. Importante lembrar que, na pista mesmo, Massa não foi ultrapassado.

Por falar em Alonso, esse acabou sendo outro que perdeu posição ao invés de ganhar. Largou em 4º, chegou em 5º. Mas era o que dava para se fazer com o F14-T nessa atual fase do campeonato, e se não fosse a estratégia de adiar as paradas, o resultado talvez poderia ter sido pior. Então, boa corrida do espanhol. Kimi Raikkonen não se deu tão bem, ou melhor, menos mal, tendo largado em 8º e chegando em 10º, mas pelo menos salvou o último pontinho da zona de pontuação para ele.

(Foto: Getty Images)
Em 6º, Sergio Pérez, outro grande destaque. O mexicano vem calando seus críticos do ano passado. Largou de 16º, já contando com as 5 posições perdidas como punição pelo acidente em Montreal. Ele sempre esteve muito rápido, chegando a liderar a corrida por algumas voltas, e mesmo com pneus mais desgastados, abria vantagem sobre Rosberg. Se não fosse obrigado a usar os pneus super macios no final da prova, poderia ter chegado até em 4º. Mas ganhar 10 posições em uma corrida, com um carro de equipe média, não está nada mal. Certo? Aliás, a Force India vem desenvolvendo muito bem o seu modelo, que casa bem com essa pista. Rápido nas retas, rápido nas curvas fechadas, e economiza bem os pneus. Bem parecido com as Williams, porém os ingleses consomem mais pneus. Seu companheiro, o alemão Nico Hulkenberg, largou em 10º e chegou em 9º, mas fez o melhor pela sua estratégia, sempre mostrando uma pilotagem muito boa. Ah, sim! Ele também fez a volta mais rápida da corrida, em 1m,12s,142.

A McLaren seguiu naquele seu ritmo de equipe média que esta vem se tornando mais a cada ano, infelizmente. Não vestindo a camisa dela, mas pela equipe que ela já foi um dia, é triste. Assim como já foi com a Williams na era dos motores V8 2.4L, mas que agora vem se recuperando. Kevin Magnussen largou em 6º e perdeu uma posição, chegando em 10º. Pouca diferença, assim como foi com Jenson Button, só que ao contrário. O inglês largou em 12º e ganhou uma posição, chegando em 11º.

(Foto: Getty Images)
Falando dos anfitriões, a Red Bull não poderia sair mais infeliz de sua nova casa. Na primeira volta, mais uma vez o RB10 de Sebastian Vettel teve problemas, perdendo completamente a tração. Um problema eletrônico, que surgiu por causas desconhecidas. Aos poucos, o tetracampeão foi se arrastando pela pista, em velocidade cada vez menor. Quando a abandono parecia iminente, o carro voltou à "vida", e o alemão saiu voando tentando correr atrás do prejuízo. Porém ele ficou tanto tempo naquele mal estado, que já tinha perdido tempo demais, sendo ultrapassado por todos e posteriormente tomando 1 volta de todo mundo. Lembrando que isso foi ainda na primeira volta. Ainda quebrou a asa dianteira quando tentava ultrapassar a Sauber de Adrian Sutil, tendo que fazer uma para extra para trocá-la. Logo, um pouco mais tarde (e por mim até demorou) a Red Bull percebeu que era melhor abandonar, para conservar o motor V6 1.6L turbo Renault, já que as unidades de força são mais limitadas nesse ano. E também para preservar o câmbio. Daniel Ricciardo até surpreendeu largando em 5º, mas chegou apenas em 8º. Os carros de Adrian Newey, apesar deste ser genial, com os motores Renault não dão nada certo nessa pista. Os Red Bull são absurdamente rápidos nas curvas de alta velocidade, pois a aerodinâmica é o seu ponto forte. Mas as curvas do A1 Ring são mais, digamos, "travadas", fechadas, exigindo dos carros uma retomada mais forte, e nisso as unidades de força francesa já tem uma certa desvantagem. Ainda por cima, o autódromo possui longas retas, e mais uma vez, os Renault sofrem, pois são menos potentes de que os Ferrari e principalmente que os Mercedes-Benz. Mas já foram piores. Evoluíram bastante desde a pré temporada, quando sequer conseguiam dar muitas voltas.

Se as coisas não foram boas para a divisão principal de bebidas energéticas, também não foi para a equipe menor. A Toro Rosso teve dois abandonos. Primeiro, o russo Daniil Kvyat ia tranquilamente por uma reta, pilotando bem, quando sem mais nem menos sua suspensão traseira esquerda se quebrou, e consequentemente ele também perdeu os freios, indo parar fora da pista, mas felizmente não sofreu nenhum impacto, como poderia ter sido numa situação dessas. Mais tarde, os freios de Jean-Éric Vergne foram virando pó, soltando nuvens pretas de fumaça pela pista, o que é perigoso tanto para ele quanto para quem vem atrás. Sendo assim, o francês teve que abandonar. Confiabilidade nunca foi um ponto muito forte da Toro Rosso, apesar do desempenho deles surpreender algumas vezes, sendo uma boa equipe média.

(Foto: Toro Rosso)
Até as posições que contei, para trás, mais nada de surpreendente. Só devo destacar a última posição de Esteban Gutiérrez, atrás das Marussia e da Caterham. O mexicano teve problemas em um pit stop, quando os mecânicos os liberaram antes da hora. Por isso, inclusive quase machucou um deles. Por esta razão, ele tomou um penalty de 10 segundos nos boxes, e como seu carro já é um dos piores do grid, acabou terminando nesta posição.


Resultados finais do GP da Áustria 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / Número de piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)

1 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = 71 voltas em 1h,27m,54s,967
2 - Lewis Hamilton #44 (Inglaterra / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +1s,932
3 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes) = +8s,172
4 - Felipe Massa #19 (Brasil / Williams Martini Racing / Mercedes-Benz) = +17s,358
5 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +18s,553
6 - Sergio Pérez #11 (México / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +28s,546
7 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = +32s,031
8 - Daniel Ricciardo #3 (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = +43s,522
9 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +44s,137
10 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +47s,777
11 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = +50s,966
12 - Pastor Maldonado #13 (Venezuela / Lotus F1 Team / Renault) = +1 volta
13 - Adrian Sutil #99 (Alemanha / Sauber F1 Team / Ferrari) = +1 volta
14 - Romain Grosjean #8 (França / Lotus F1 Team / Renault) = +1 volta
15 - Jules Bianchi #17 (França / Marussia F1 Team / Ferrari) = +2 voltas
16 - Kamui Kobayashi #10 (Japão / Caterham F1 Team / Renault) = +2 voltas
17 - Max Chilton #4 (Inglaterra / Marussia F1 Team / Ferrari) = +2 voltas
18 - Marcus Ericsson #9 (Suécia / Caterham F1 Team / Renault) = +2 voltas
19 - Esteban Gutiérrez #21 (México / Sauber F1 Team / Ferrari) = +2 voltas

Mundial de Construtores: http://www.formula1.com/results/team/

Próxima para, Silverstone, para o tradicional GP da Inglaterra! Mas só mês que vem, nos dias 4, 5 e 6 de julho.

(Foto: Getty Images)
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Um abraço!

sábado, 21 de junho de 2014

GP2 Series 2014 - GP da Áustria - Corrida 1

Por apenas 0s,46 a pole position escapou pelos dedos de Felipe Nasr, brasileiro piloto da Carlin na GP2 Series. E com isso, ele nem largou em 2º, mas em 3º.

(Foto: GP2)
O que faltou na classificação, veio na corrida. Largando muito bem, logo no começo Nasr já deixou Jolyon Palmer (líder do campeonato, agora 23 pontos à frente de Nasr) e Johnny Cecotto Jr. para trás, e ainda por cima com a equipe acertando na estratégia, a merecida vitória era certa, e veio. Vandoorne e Marciello completaram o pódio, respectivamente.

Todos os resultados, aqui:  http://www.gp2series.com/Results/

(Foto: GP2)
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Um abraço!
Paulo Vitor

Fórmula 1 2014 - GP da Áustria - 3º Treino Livre e Classificação

(Foto: Getty Images)
Valtteri Bottas já havia dado um susto na Mercedes AMG, superando Lewis Hamilton e liderando a última sessão de treinos livres. Quando a coisa foi pra valer mesmo, Felipe Massa fez a pole position! Sua primeira desde o GP do Brasil de 2008. Seu companheiro, que quase foi o pole, ainda completou a primeira fila para a Williams.

Aqui, a volta da pole de Massa, postado pela página F1Tube (que eu sugiro que curtam), no Facebook:  https://www.facebook.com/photo.php?v=741919835850560&set=vb.515420505167162&type=2&theater

O que dizer do W05 e do FW36? Bem, enquanto todo mundo estava tendo problemas com saídas de traseira, principalmente a Red Bull, as "flechas de prata" tinham a parte de trás coladas ao chão. Porém a dianteira, que sempre se mostrou tão comportada, se rebelou e isso atrapalhou Hamilton e Nico Rosberg. Já o FW36 estava mais equilibrado para as curvas fechadas do A1 Ring, digo, Red Bull Ring, fazendo retomadas muito rápidas nas saídas das curvas, e desde a pré temporada sabemos que ele é um carro muito rápido nas retas. Logo, casou direitinho com o circuito.

Lewis rodou no final do Q3, e acabou ficando apenas na 9ª posição. Rosberg foi o 3º, então quem completou a segunda fila foi Fernando Alonso, com a Ferrari, que quase deu um beijo no muro se não me engano ao final do Q2, na saída da última curva. Na terceira fila, Daniel Ricciardo com a Red Bull, e Kevin Magnussen com um desempenho satisfatório para a McLaren.

E o Vettel? Bem, nem saiu do Q2, e teria que largar em 13º, mas vai ganhar uma posição por causa da punição de Sergio Pérez pelo acidente com Massa em Montreal, deixando o alemão em 12º. Logo na nova casa da Infiniti Red Bull Racing, o RB10 não se dá muito bem. Sim, o Daniel foi bem, mas o Sebastian não. E em outro post eu explico o que está acontecendo com o tetracampeão.



Resultados da Classificação, via Fórmula 1 Brasil, com tempos de Q1, Q2 e Q3: http://ow.ly/i/5Z1NC


Largada amanhã, às 9h (horário de Brasília)!


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Um abraço!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Áustria - 1º e 2º Treinos Livres

(Foto: AP)
O circo da Fórmula 1 chegou ao GP da Áustria (para o meu alívio, porque ligo a TV e só: Copa, Copa, Copa, Copa, Copa...), que volta ao calendário da categoria, da qual estava fora desde 2004 (a última corrida foi em 2003). Sendo assim, apenas os mais experientes conhecem esta pista: Fernando Alonso, Felipe Massa, Jenson Button e... hmm, ah, sim! Kimi Raikkonen. Perdão, Iceman.

Bem, como já falei várias vezes, o A1 Ring foi comprado pelos rubor taurinos, e agora passa a se chamar Red Bull Ring. Mudaram os nomes das curvas, de pilotos para patrocinadores. Uma delas se chamava Niki Lauda, pois o chefão não executivo da Mercedes AMG é daquele país. Como "vingança", o austríaco tricampeão disse estar ansioso para ver uma dobradinha das "flechas de prata" por lá. E já começaram bem, pelos treinos. Primeiro com Nico Rosberg, depois com Lewis Hamilton.

O W05 vem provando seu bom desempenho em todos os tipos de circuito, então isso não surpreende muito. E as Williams, como eu esperava para essa corrida assim como esperei para a pista de Montreal, estão tendo um bom desempenho. O FW36 combina com o A1 Ring (vou continuar chamando assim, e que se dane a Red Bull). Retas longas, curvas fechadas... Eu esperava o mesmo do carro da Force India, mas nessa previsão eu errei. Da Ferrari também, mas só Alonso vem confirmando isso com o F14-T. Após os líderes do campeonato, o espanhol apareceu na 3ª posição nas duas sessões de hoje, seguido pelos carros da Williams.


Resultados dos Treinos Livres 1 e 2, via Corrida F1:




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Um abraço!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Fórmula 1 2014 - GP da Áustria - Informações


Chegamos (e voltamos, depois de alguns anos) ao A1 Ring! Que agora é Red Bull Ring, mas eu sempre vou usar o nome antigo e... enfim, o GP da Áustria volta ao calendário da Fórmula 1, e será o palco da próxima etapa, que será disputada neste final de semana.

Os anfitriões, Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo, podem apresentar a casa: http://autoblogpv8.blogspot.com.br/2014/06/formula-1-2014-sebastian-vettel-e.html


Programação (horários de Brasília):

Sexta-feira: 1º Treino Livre às 5h, e 2º Treino Livre às 9h.
Sábado: 3º Treino Livre às 6h, e Classificação ás 9h.
Domingo: Corrida às 9h.

Mapa do circuito:


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Um abraço!
Paulo Vitor

Carros de Ayrton Senna em Gran Turismo 6


Eu sei que demorei algumas semanas, mas o lançamento desse pacote de atualizações coincidiu com a minha semana de provas finais na faculdade, e depois tive problemas com a minha Internet para baixar esse novo - e sensacional - conteúdo da Polyphony Digital.

Bem, como já aguardávamos há meses, a produtora do game Gran Turismo 6 para PlayStation 3, disponibilizou sua homenagem ao tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna. O que vai um pouco além de carros.


Já usando o macacão do piloto de 1988, pela McLaren, disponível desde o lançamento do simulador, somos convidados a dar uma volta com o kart que Senna usou nas competições europeias. Um carrinho fantástico, diga-se de passagem. Mas antes disso, assim como antes de qualquer passeio nesses bólidos, há uma apresentação de slides contanto a história de Ayrton. E a Polyphony caprichou demais em cada detalhe. Desde as informações, até nas fotografias.

Apresentações feitas, e vamos à pista no modo de jogo mais difícil, não sendo possível usar qualquer tipo de ajuda. Numa pista de kart, devemos fazer um determinado tempo de volta, e dependendo da nossa performance, saímos de lá com o macacão que Senna usava, e com o kart.


Depois, uma volta em Brands Hatch com o carro de Fórmula 3 Inglesa que deu ao "Beco" o título de campeão da categoria em 1983, e a vitória no tradicional Grande Prêmio de Macau. Garantindo ao piloto sua entrada na Fórmula 1.

Esse F3 equipado com motor Toyota, é uma das máquinas mais deliciosas que já experimentei em um simulador. Sério, ele é incrível. Não tenho mais dados técnicos, mas ele tem uma aceleração bem satisfatória, retomadas rápidas, freios brutais, e o que mais me impressionou, que é uma das coisas que eu mais prezo em um carro: a estabilidade. Você pode entrar com tudo numa curva e confiar no bichinho. Você aponta pra dentro da curva, e obedientemente ele vai, sem perder a dianteira ou a traseira. Ele é muito, muito bom mesmo. Para a minha felicidade, modéstia à parte me saí tão bem, que consegui sair do autódromo com ele.


Por último, um Fórmula 1, mas não qualquer um: a Lotus 97T, da temporada de 1985, que deu à Senna sua primeira vitória na categoria, na segunda corrida do ano, naquele dilúvio do GP de Portugal, em Estoril.

Olha, não vou negar: esse foi - muito - difícil pra mim. Mas me deem um desconto, pois não cheguei a rodar muitos quilômetros com ele. Pouco mais de uma volta no circuito de Monza, para ser mais sincero.

O motor V6 de 1.5L turbo da Renault de mais de 800 cv, tem um torque violento, e sem o controle de tração, segurar essa fera nas arrancadas e saídas de curvas é um desafio e tanto. Como tudo num F1, ele é bruto: aceleração, velocidade, freios etc. E segurá-lo na pista é complicado, apesar de eu não ter escapado pra nenhuma caixa de brita. Apenas sorte, pois não tentei extrair muito dele.


Agora, vamos esperar e ver se a Polyphony lança mais alguma coisa. Já ouvi falar que podem ter a McLaren MP4/4, de 1988. Uma besta de pouca aerodinâmica, mas com um motor Honda de 1.200 cv de potência.


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segunda-feira, 16 de junho de 2014

WEC 2014 - 24 Horas de Le Mans

(Foto: Audi)
Pela 13ª vez nos últimos 15 anos, a Audi surpreendeu e venceu as 24 Horas de Le Mans! Ou melhor, fez uma dobradinha. O carro #2 do trio vencedor erra guiado por André Lotterer, Marcel Fässler e Benoît Tréluyer, e o #1 que ficou em 2º lugar, era guiado por Tom Kristensen, Marc Gené e o brasileiro Lucas di Grassi. Eles cruzaram a linha de chegada juntos.

(Foto: Getty Images)
Eu falei "surpreendeu" lá no começo, porque a Toyota chegou como favorita, fazendo inclusive a pole position com o carro de Alexander Wurz, Stéphane Sarrazin e Kazuki Nakajima. Com Fernando Alonso dando a bandeirada da larhada agitando a bandeira da França, eles lideraram boa parte da prova, até terem problemas mecânicos e terem que parar nos boxes para reparos, e consequentemente chegaram em 3º. Até então a liderança era do Audi R18 #1, mas eles também tiveram problemas, e por isso a vitória ficou com o segundo carro.

(Foto: divulgação)
Em seu retorno ao endurance, a Porsche também chegou a liderar a tradicional corrida do automobilismo mundial. Inclusive com Mark Webber. Porém seus carros tiveram problemas, e eles não cruzaram a linha de chegada na divisão principal da categoria.

(Foto: AFP)
Bem, de mais de uma divisão, são feitas as 24 Horas de Le Mans, e todo o WEC. No site oficial da corrida, vocês encontram todos os resultados: http://www.24h-lemans.com/wpphpFichiers/1/1/ressources/Pdf/2014/24-heures-du-mans/classification/race/24-heures-du-mans-2014-classifcation-after-24h.pdf


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Um abraço!

Michael Schumacher acordou!


Após praticamente 6 meses, a 92ª vitória - e a mais importante - de Michael Schumacher chegou: ele acordou! Michael Schumacher já havia deixado a UTI na sexta-feira.

Em comunicado oficial, a família do heptacampeão agradeceu aos médicos, enfermeiros, socorristas, e à todos que "enviaram pensamentos positivos" ao piloto e sua família.


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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Michael Schumacher deixa a UTI, e vai para a ala de reabilitação


Michael Schumacher está internado no hospital de Grenoble desde o dia 29 de dezembro de 2013, quando sofreu um acidente enquanto esquiava, e entrou em coma. A imprensa de todo o mundo, claro, foi para lá, mas desde certo momento sua família, através da assessora de imprensa da família, Sabine Kehm, pediu por mais privacidade.

Desde então, aos poucos, Sabine dá notícias do estado de saúde do alemão. Desde que começaram a diminuir os sedativos, ela já falou em "momentos de consciência", entre os quais ele até teria reconhecido a esposa. Bem, hoje saiu mais uma notícia: o heptacampeão está deixando a UTI, e indo para a ala de reabilitação do hospital.

Que bom, Schumacher. Que bom. Continue melhorando.


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quarta-feira, 11 de junho de 2014

O Honda Civic Si voltará ao Brasil, e desta vez será o cupê!


Sentiram a falta dele? Então podem parar de chorar, pois ele voltará ao Brasil em outubro deste ano, e ainda melhor! E o preço não é aproximadamente o da geração anterior: R$ 100 mil.


Além de agora ele vir com a carroceria cupê, que dá um visual bem mais esportivo, o motor i-VTEC aspirado é maior do que antes, saltando de 2.0L para 2.4L. O torque subiu para 24 kgfm a 7.000 RPM, e a potência é de 208 cv (o anterior tinha cerca de 193 cv) a 4.400 RPM. Isso tudo associado a um câmbio manual de 6 marchas.


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Paulo Vitor

Fórmula 1 2014 - Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo apresentam o Red Bull Ring em uma volta virtual nos seus RB10

Já devo ter falado disso aqui outras vezes, mas para os que não sabem: o GP da Áustria está de volta! A Infiniti Red Bull Racing comprou o A1 Ring, que agora se chama Red Bull Ring, e o trouxe de volta ao calendário da Fórmula 1!

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domingo, 8 de junho de 2014

Fórmula 1 2014 - GP do Canadá - Corrida

Que venha a galera do "Fórmula 1 é chata, entediante", porque... Que corrida! E como diz o Joab, esse circuito tem a "Maldição de Villeneuve", ou seja: alguma coisa muito louca sempre tem que acontecer. Sempre.


E a corrida começou honrando muito bem essa fama. Os companheiros de equipe da Marussia foram dividir uma curva, e... Jules Bianchi foi parar no muro, e Max Chilton foi desclassificado, mas mesmo que não fosse, também foi comprometido pela batida.

(Foto: Getty Images)
Sob bandeira amarela junto com a quadriculada, Daniel Ricciardo, o novo australiano da Red Bull, acabou com a hegemonia da Mercedes AMG, superando Nico Rosberg nas voltas finais, e conquistando a sua primeira vitória na Fórmula 1! E que grande vitória, Ricciardo! Parabéns! Que seja a primeira de muitas! A Red Bull foi à loucura! Poucas vezes vi a equipe tão empolgada. Mas é compreensível, pelo que a equipe vinha passando desde o início da temporada. Com muita dedicação, conseguiram uma merecida vitória!

Rosberg era o pole position, largou bem e liderou muitas voltas. Mas sempre teve Lewis Hamilton ali, bem no seu calcanhar. Os dois companheiros duelaram novamente, mas o inglês primeiramente teve problemas com perda de potência de seu motor, e posteriormente com os freios também, que são muito castigados na pista de Montreal. Acabou tendo que abandonar a prova, deixando o alemão abrir vantagem no campeonato, mas com um 2º lugar. O carro do líder acabou perdendo rendimento ao final da prova, e aparentemente, seus freios também estavam excessivamente desgastados, dando ao australiano rubro taurino a chance de ultrapassar. E ultrapassou, com estilo.

(Foto: AP)
Completando o pódio, tivemos ele, o atual tetracampeão Sebastian Vettel, que por um fio não teve sua - desde o começo - brilhante corrida arruinada. Por... A wild Felipe appears (quem já jogou Pokémon, entendeu): https://twitter.com/TommyWTF1/status/475733882248364032

Pois é, minha gente. Vamos ao ponto espinhoso da conversa. Se você é viúva do Ayrton Senna (vocês sabem que eu gosto demais do piloto, mas os fanatismos...), pode pular esse parágrafo. A Williams, tinha um carro muito, muito bom para essa prova. Era bem possível termos Felipe Massa e Valtteri Bottas completando o pódio, ou pelo menos um deles, sinceramente. Mas um piloto, que é muito rápido especialmente nessa pista, diga-se de passagem, não honrou o equipamento que tinha, como fez na classificação, na medida em que conseguiu: Bottas. O outro, que todos reclamam que não ataca ninguém, dessa vez adotou uma postura muito agressiva, e por isso se deu mal na última volta. O brasileiro "especialista" em automobilismo, corneteiro, que não acompanha detalhe por detalhe da Fórmula 1, que não sabe dos bastidores, que não sabe o que de importante é feito no carro treino por treino, que acha que classificação é treino (como a Globo diz), que se souber o nome de um engenheiro (Adrian Newey, que sempre falam na TV) e um chefe de equipe (fala que o falecido Enzo é chefe da Scuderia) é muito, que não sabe nem pra quê servem asas dianteira e traseira, como funcionam ERS e DRS, entre muitas outras coisas, é um bicho, no mínimo, curioso. Não sabe o que quer. Reclama de uma coisa, e quando a tem, reclama também. E o apoio dessa "torcida" quando as coisas dão errado, hein? Coisa linda! Se fosse com o time de futebol, era diferente...

E agora, com a palavra, Stunts, o ferrarista nato, e um dos caras mais sinceros na crítica que eu conheço:


Vamos à parte objetiva. Nico Hulkenberg estava segurando Bottas, que era seguido de perto por Massa. O brasileiro conseguiu ultrapassar os dois, e foi à caça de Vettel. 2 ou 3 voltas depois, Sergio Pérez vinha rápido em 2º, e foi ultrapassado por Ricciardo. Enquanto isso, Vettel era pressionado por um já quase sem freios Massa. Massa tinha mais carro, e mais pneus, pois havia trocado os seus há pouco tempo, quando inclusive liderava a corrida até entrar nos boxes. Tendo que frear com mais cautela, Vettel sempre se distanciava nas saídas de curvas e início de retas. Sendo assim, acabou chegando em Pérez e o ultrapassando. Felipe tinha menos de 2 voltas para também ultrapassar o mexicano, e quando ia fazendo isso na entrada da primeira curva... Bem, sejam racionais e tirem suas próprias conclusões: https://twitter.com/AlonsistaF1/status/475738930076463106


É, Sebastião... Eu sei que nessa hora você comprimiu alguma parte do seu corpo. E não foram as mãos.
(Foto: Getty Images)
Os carros viraram destroços. Foi uma batida muito violenta, com direito a rodadas, atingindo várias partes dos carros.
(Foto: AP)
Pérez dá um toque em Massa, que não pôde evitar, já que... Bonde do Felipe sem freio! Viram como dá pra brincar com a situação de forma sadia? Não xingando o Pérez, de forma alguma. Aliás, ele vinha fazendo uma corrida brilhante! Largou em 13º, e se tivesse segurado Vettel, terminaria em 3º. Toque de corrida. Acontece... São corridas assim que eu quero ver. Mas é isso aí, Felipe! Roda pra frente! Que a Williams continue te dando um carro bem desenvolvido para brigar desse jeito! Ah, sim... Ele está bem.


Não é por ser brasileiro. Eu gosto é da Fórmula 1, e se não tiver nenhum piloto daqui, lá, eu vou continuar assistindo e adorando isso do mesmo jeito. Vocês sempre vão me ver defendendo o que eu achar justo aqui, seja de qual país o piloto for.

Ah, sim! E Sergio Pérez foi considerado o culpado pelos comissários (tá bom? Ok?), e por isso perderá 5 posições na formação do grid da próxima etapa. Assim como Chilton perderá 3 posições, mas isso não faz muita diferença quando se anda de Marussia.

Só pra confirmar, se ainda não tiverem entendido... Porque sempre tem aqueles para os quais tem que desenhar, né?



Mas o Felipe Massa é um piloto lento mesmo, não é verdade? Só fez a volta mais rápida da corrida, entre todos os outros: 1m,18s,504. Abraços.

Quem quiser saber desses problemas nos freios, vou explicar agora. Se for irrelevante, pule o parágrafo. A explicação foi dada pelo piloto Luciano Burti, que contribui com seus comentários e "macarrãozinho" nas transmissões da Globo. Como ele disse, essa pista e a de Monza, são mais duras com os freios, exigindo jogos com uma espessura de 28 milímetros, quando normalmente usam de 25 milímetros. Então é algo bem comum de se acontecer nessa corrida.

Além de Massa, Pérez, Hamilton, Bianchi e Chilton, também não terminaram: os pilotos da Lotus, Romain Grosjean, com problemas no DRS, e Pastor Maldonado, com problema no motor Renault; os pilotos da Caterham, Marcus Ericsson e Kamui Kobayashi, sendo que o japonês teve a sua suspensão traseira esquerda quebrada, e o outro foi apenas mais um motor Renault fritando; e Daniil Kvyat, que por alguma razão que não sabemos, parou sua Toro Rosso fora da pista próximo ao hairpin. A Sauber, ficou voltas atrás tanto com Adrian Sutil quanto com Esteban Gutiérrez, em últimos, mas terminaram classificados. Porém atrás de Massa e Pérez, que chegaram a abrir a última volta. Nenhum dos quatro marca pontos mesmo. Ou seja, essa corrida fechou só com a zona de pontuação: 10 carros!

Com isso tudo acontecendo, no final eu percebi: Jenson Button em 4º! Nada mal para a McLaren, que depois do GP da Austrália teve uma queda de rendimento.

A Ferrari, ao contrário do que vinha demonstrando nos treinos e na classificação, não teve uma boa corrida. Mas seus pilotos Fernando Alonso e Kimi Raikkonen tiveram seus bons momentos de disputa por posição.

(Foto: Getty Images)
Como eu já disse... Que corrida! Especialmente nas últimas voltas, que foram de tirar o fôlego!


Resultados finais do GP do Canadá 2014 de Fórmula 1:

(Posição / Piloto / Número do piloto / País / Equipe / Motor / Tempo-Diferença)

1 - Daniel Ricciardo #3 (Austrália / Infiniti Red Bull Racing / Renault) = 70 voltas em 1h,39m,12s,830    
2 - Nico Rosberg #6 (Alemanha / Mercedes AMG Petronas / Mercedes-Benz) = +4.236s
3 - Sebastian Vettel #1 (Alemanha / Infini Red Bull Racing / Renault) = +5.247s
4 - Jenson Button #22 (Inglaterra / McLaren / Mercedes-Benz) = +11.755s
5 - Nico Hulkenberg #27 (Alemanha / Sahara Force India / Mercedes-Benz) = +12.843s
6 - Fernando Alonso #14 (Espanha / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +14,869s
7 - Valtteri Bottas #77 (Finlândia / Williams Martini Racing / Mercedes) = +23,578s
8 - Jean-Éric Vergne #25 (França / Scuderia Toro Rosso / Renault) = +28,026s
9 - Kevin Magnussen #20 (Dinamarca / McLaren / Mercedes-Benz) = +29,254s
10 - Kimi Raikkonen #7 (Finlândia / Scuderia Ferrari / Ferrari) = +53,678s

Mundial de Pilotos: http://www.formula1.com/results/driver/
Mundial de Construtores: http://www.formula1.com/results/team/


Próxima etapa, GP da Áustria! Sim o A1 Ring (pra mim sempre vai se chamar assim antes de Red Bull Ring) está de volta à Fórmula 1! Será nos dias 20, 21 e 22 de junho!


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Um abraço!
Paulo Vitor