terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Brawn GP, Toyota e o dinheiro na Fórmula 1

A maior preocupação das equipes no campeonato da Fórmula 1 é, claro, a posição em que vão terminar, pois quanto melhor for, mais dinheiro (e podemos estar falando de centenas de milhões de dólares) eles ganham. Ou seja, mais condições de desenvolver melhor o carro do ano seguinte, e de contratar pilotos e engenheiros melhores.

Mas nem sempre quem mais investe, será necessariamente o melhor, e quem tem menos recursos, o pior. Há dois ótimos exemplos disso.


Nascida em 2009 dos restos da extinta equipe Honda, comprada por um preço muito baixo pelo chefe de equipe Ross Brawn, renascendo das cinzas como uma fênix, a Brawn GP foi a equipe de sucesso mais meteórico da Fórmula 1. Correu apenas uma temporada, e nesta mesma, foi campeã. Já usando os motores Mercedes-Benz, foi comprada pela montadora alemã no final do ano, tornando-se hoje a atual campeã Mercedes AMG.

Era uma equipe de gastos pequenos. Os pilotos, Jenson Button e Rubens Barrichello, como estavam praticamente fora da categoria, aceitaram, correr por contratos de "apenas" 1 milhão de dólares. Mal tinham patrocinadores. Não era aquela equipe com uma super estrutura, até porque de onde veio, como eu já disse, da Honda, esta estava abalada por causa da crise econômica de 2008. O pulo do gato veio numa sacada brilhante de Ross: o difusor. Projetado de uma forma que não era prevista no regulamento, esta também não era proibida. E como diz aquele ditado: o que não é proibido, é permitido. Assim o carro voava nas curvas, e somando ao melhor motor da categoria, não teve pra ninguém. Apenas a Red Bull se aproximou no final do ano, e como sabemos, os quatro anos seguintes seriam de domínio dela.

Do outro lado da moeda, aliás, com muito mais moedas, existiu a equipe de corrida da Toyota, de 2002 até 2009. Foi uma das montadoras que mais investiu pesado na Fórmula 1, senão a mais. Galera, foi muito, muito, muito dinheiro mesmo. Tudo de primeira. Estrutura de fazer inveja em várias outras equipes, tanto é que mesmo depois de sair da categoria, alugou suas instalações para estas, tendo inclusive um dos melhores túneis de vento. Salvo engano até a Ferrari já usou, quanto seu túnel estava mal calibrado.

E quanto aos resultados? Em todos esses anos, sequer conseguiram vencer uma corrida. Apenas alguns pódios. Pouco mais de 10, se não me engano.


São casos bem curiosos, não?


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Um abraço!

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