domingo, 20 de setembro de 2015

Fórmula 1 2015 - GP de Cingapura - Corrida


E a história do automobilismo teve mais uma página escrita: Sebastian Vettel conquistou hoje a 42ª vitória de sua carreira na Fórmula 1, superando a marca do tricampeão Ayrton Senna e tornando-se assim, o 3º maior vencedor da categoria, atrás apenas do tetracampeão Alain Prost - com quem ele se iguala em títulos -, e o talvez inalcançável heptacampeão Michael Schumacher.

Mais de 2 horas de prova. Uma das mais exaustivas do campeonato, senão a mais, considerando ainda todos os fatores climáticos de Cingapura.

O piloto da Scuderia cravou ontem a pole position, o que não acontecia com a equipe desde 2012. Largou na frente e logo foi abrindo vantagem sobre Daniel Ricciardo, da Red Bull. Algumas voltas depois, o australiano começou a tirar a diferença até colar na traseira de Vettel graças a um - dos - safety car, sobre o que eu falarei na hora certa. Apesar dos ex companheiros terem andado juntos por um bom tempo, mais tarde o tetracampeão mostrou que estava poupando o SF15T e impôs seu forte ritmo novamente. Com mais algumas interrupções, inclusive uma delas gerada por um maluco invadindo a pista, o rubro-taurino colou de novo no ferrarista. Mesmo assim, ainda não conseguiu superar o vencedor, mas chegou pertinho.

(Foto: AP)
Um muito bom 2º lugar de Ricciardo, considerando toda a evolução do RB11 que, inclusive, marcou a volta mais rápida da corrida pelas mãos do australiano, tirando o Grand Chelem de Vettel.

E com esse resultado, Vettel entrou na briga pelo vice campeonato.

Chegando bem atrás mas completando o pódio pela Ferrari, veio Kimi Raikkonen. Ficou na dele o tempo todo. Nem atacou, nem foi atacado. No máximo teve alguma disputa com Daniil Kvyat, mas o russo acabou tendo uma corrida confusa, perdendo duas posições e chegando em 6º lugar.

Nico Rosberg que largou em 6º, chegou em 4º, mas longe do Iceman. Era o melhor que a Mercedes podia fazer, pois comparado aos adversários, o W06 Hybrid não nasceu para as ruas de Marina Bay. O alemão ainda herdou a posição de seu companheiro Lewis Hamilton, que abandonou na metade da prova a princípio com algum problema eletrônico no acelerador e posteriormente isso ainda afetou o mapeamento do motor.

(Foto: AP)
Em seguida, em 5º e quase 10 segundos atrás de Rosberg, veio Valtteri Bottas, que havia largado em 7º. Muito bom trabalho do finlandês com o pouco que o FW37 podia fazer nessa pista. Teve seu forte ritmo de costume e ainda conseguiu conquistar posições.

De Kvyat, já falei e atrás deste, chegou Sergio Pérez, da Force India. Excelente corrida do mexicano, que havia largado em 13º. Mas foi fortemente amaeaçado pela Toro Rosso nas voltas finais. Aliás, destaque para Max Verstappen que caçava Checo quando, pelo rádio, ouviu uma ordem para ceder seu lugar ao companheiro Carlos Sainz Jr. pois este teria um carro com mais condições de fazer o ataque. O garoto peitou a equipe com um "NO!!!" alto e em bom som. O que divide opiniões. Por um lado, Fórmula 1 é um esporte coletivo e isso pode ter significado a perda de alguns pontos da equipe, por outro, ele impôs um certo respeito mostrando que não seria uma marionete, o que talvez prejudique um pouco a sua posição dentro do programa de desenvolvimento de pilotos da Red Bull. Ou gostam dessa personalidade forte dele, o que eu acho pouco provável. De qualquer forma, 8º e 9º foram boas posições finais para a Toro Rosso.


Ah! Já ia me esquecendo... o resultado do Mad Max foi ainda melhor do que parece, porque na largada, seu STR10 ficou para trás. Só que o trajeto do GP de Cingapura é tão longo, que conseguiram arrastá-lo para os boxes e fazer o carro funcionar antes de Vettel completar a primeira volta. Só então, bem depois de todo mundo largar, o moleque foi correr atrás do prejuízo. E no final ainda fez uma das voltas mais rápidas. Terminou muito bem, mesmo.

Fechando a zona de pontuação, veio Felipe Nasr. Depois de meses sem pontuar, o brasileiro salvou o último pontinho para Sauber, ficando alguns segundos à frente de seu companheiro Marcus Ericsson. Mas cabe ressaltar aqui que, por razões fora do controle do piloto, este resultado poderia ter sido ainda melhor. Nasr vinha num bom 7º lugar (beneficiando-se de um ou outro abandono, diga-se de passagem) quando fez seu pit-stop no ritmo normal da corrida, esperando recuperar as posições um pouco mais tarde quando os outros parassem. Só que 2 voltas depois... o maluco invadiu a pista, e aí todo mundo aproveitou para fazer suas paradas com os carros andando devagar, o que deixou o piloto da Sauber longe da zona de pontuação. E agora com os pneus macios (os menos macios da etapa), era mais difícil extrair um desempenho considerável do C34 e os carros da Lotus estavam distantes. Mas não antes de superar Jenson Button que se arrastava com a MP4-30, ele conseguiu, ultrapassando Pastor Maldonado e Romain Grosjean a 2 voltas do fim, induzindo o francês ao erro. Brilhante.

(Foto: AP)
Ressaltando ainda que o Lotus E23 Hybrid também não se deu bem no GP de Cingapura. Logo que sofreu a ultrapassagem, o carro de Grosjean mostrou que não tinha mais condições de seguir em frente e abandonou. Mesmo assim o francês classificou-se em 13º, já que os carros da Manor estavam 2 voltas atrás, mesmo com as intervenções do safety car. E cabe destacar que o estreante Alexander Rossi chegou à frente de Will Stevens. Naturalmente os dois largaram da última fila, ainda mais hoje, por ambos terem trocado de câmbio por causa de suas batidas nos treinos livres.

Button também abandonou e a McLaren-Honda ficou sem completar mais uma corrida, pois tanto o inglês quanto Fernando Alonso, tiveram problemas de câmbio.

Por falar tanto em problema de câmbio, essa também foi a causa do abandono de Felipe Massa. O brasileiro ia bem, ganhou posições, mas de repente o FW37 parou de responder como deveria e, depois de 2 voltas de enrolação tentando resolver o problema, a Williams viu que era melhor tirar o #19 da pista, pois algumas marchas já não engatavam mais. Por causa disso, Massa caiu de 4º para 6º no campeonato, ficando alguns pontos atrás dos finlandeses.

E por último, outro abandono, agora de Nico Hulkenberg, que por acaso está envolvido com Massa. Este saia dos boxes e Hulk abria sua 13ª volta, ao encontrar com o carro da Williams saindo dos boxes. O piloto da Force India não deu espaço ao brasileiro, que não teve para onde escapar e os dois colidiram. Fez um estrago feio no VJM08B. O alemão foi considerado culpado e perderá 3 posições no grid da próxima etapa, o GP do Japão, em Suzuka, no final do mês. A princípio achei a medida um pouco exagerada, pois considerei apenas como um toque de corrida. Mas pensando bem, apesar de nas voltas seguintes o FW37 ter apresentado um comportamento normal, talvez a pancada tenha provocado algo que, voltas mais tarde, gerou o problema de câmbio de Felipe. Este não foi tão inocente, mas... o que ele faria? Tiraria o pé? Isso não seria muita atitude de piloto. Hulk poderia ter aberto mais na curva, mas preferiu ser arrojado também. Enfim, como eu disse: toque de corrida.

E que corrida!

(Foto: AP)
Resultados completos do GP de Cingapura 2015, via Corrida F1: http://www.corridadeformula1.com/gp/cingapura-2015/#javascript:void(0)




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Um abraço!

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