segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Fórmula 1 - A Escuderia Fittipaldi vai virar filme


Soube da novidade através do amigo Joab.

Ah, como eu acho essa foto acima sensacional, devo dizer. Sim, o nome é Escuderia Fittipaldi, apesar da maioria conhecê-la como Copersucar, mesmo esta não tendo sido a única patrocinadora da equipe.

Se não conhece nenhum desses nomes, vamos lá...

Já imaginou a possibilidade de uma escuderia brasileira, deste país que mal valoriza o automobilismo, disputando o maior campeonato da modalidade no mundo? Pois então, já aconteceu e esta não foi só a única brasileira, mas a única equipe sul-americana a disputar a Fórmula 1.

Como o nome indica, foi ideia de - loucos - Wilsinho e Emerson Fittipaldi. Os irmãos foram loucos, mas... quer saber? Assim como eles devem ter dito na época, no lugar deles eu diria o mesmo: f*da-se, vamos tocar esse barco e correr, sim! Mesmo entre os fãs de automobilismo, a história da equipe não é muito conhecida, porém, é digna de toda admiração e respeito.

A propósito, a própria Copersucar teve muito sucesso graças a parceria, triplicando seus ganhos e tornando-se uma das maiores, senão a maior exportadora de etanol do mundo. A equipe ainda seria patrocinada pela Skol.

Não só as empresas ganharam espaço mundialmente. Certas figuras importantes surgiram ali. Certa vez Emerson viu um rapaz de 22 anos recém formado em engenharia aerodinâmica em sua moto, cheia de modificações feitas por ele mesmo, pois também entendia de mecânica. O bicampeão achou aquilo interessante e o convidou para ser seu projetista. Aliás, o jovem havia enviado seu currículo para outras equipes, mas ninguém quis um garoto que acabou de sair da faculdade. Seu nome? Um tal de... Adrian Newey.

Obviamente aquele que, futuramente, projetaria nada menos que dez carros campeões, ganhando destaque especialmente com a Red Bull, não começou com cargos altos. Ele era praticamente um estagiário de Ricardo Divila, à quem ele se refere até hoje como um de seus maiores mentores. Divila é um renomado engenheiro brasileiro no automobilismo mundial, ainda em atividade trabalhando para a Nissan em carros de turismo e protótipos, salvo engano.

Bem, a equipe acabou. O brasileiro comum, que não gosta do esporte em si a não ser futebol, mas sim de ganhar qualquer coisa a qualquer custo, considera a aventura tupiniquim como um fracasso. Mas não, não foi. Muito longe disso. A Escuderia Fittipaldi pode não ter sido campeã, ou sequer ter ganhado campeonatos, tendo como melhor resultado um 2º lugar com Emerson no GP do Brasil de 1978, mas era uma equipe mediana que, em certas ocasiões em classificações finais de campeonatos, conseguiu terminar à frente de equipes tradicionais e de ponta como a Ferrari, a McLaren e a Williams.

E lá vai o Paulo Vitor se empolgando em contar os feitos da equipe e se esquecendo do mais importante na notícia: ano que vem, será lançado um documentário sobre a saga da Escuderia Fittipaldi na Fórmula 1. Uma boa oportunidade para conhecer melhor essa incrível aventura, que merece ter a sua história contada.


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Um abraço!

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