quinta-feira, 5 de maio de 2016

Fórmula 1 2016 - Kvyat volta para Toro Rosso e Verstappen sobe para Red Bull


Após vir de um sólido 3º lugar no GP da China, pelo que fez na etapa seguinte, o GP da Rússia, Daniil Kvyat foi duramente punido: voltará para a Toro Rosso, enquanto o piloto desta, Max Verstappen, sobe para a Red Bull.

O que já era especulado e pensei que pudesse acontecer caso o russo desse mais um deslize, mas não esperaram. Já fizeram o anúncio e eles já correm em equipes trocadas no GP da Espanha, próxima etapa da Fórmula 1.

Sim, eles tem liberdade para fazerem isso. Os contratos dos quatro pilotos são bem flexíveis nesse aspecto. Apesar da Toro Rosso se desenvolver independentemente da Red Bull, embora às vezes seja indiretamente afetada, as duas equipes são do mesmo dono, afinal de contas.

Vale ressaltar que, apesar de controversa, não é apenas, digamos, uma medida educativa para Kvyat. Outras equipes de ponta já estavam de olho no promissor holandês de apenas 18 anos (inclusive não duvido da existência de um pré-contrato) e, assim sendo, foi uma boa desculpa para a equipe das bebidas energéticas mantê-lo em seu celeiro.

E isso também pode ser bom para reduzir a tensão interna entre Verstappen e seu companheiro Carlos Sainz Jr.. Por outro lado, cria um certo desafeto dele com Kvyat.

Se foi legal (no sentido leigo, não de lei), não, não foi. Me desculpe se você é fã incondicional de Sebastian Vettel (só vocês que migraram da Red Bull mesmo, porque com os da Ferrari, já me acostumei, rs - the treta has been planted), mas não é assim que é banda toca. Segura os nervos aí. Eu também gosto muito dele e acho ruim quando abandona uma prova, ainda mais no começo. Mas não vou defendê-lo fanaticamente, independente de ter razão ou não.

Na corrida anterior, em Xangai, o alemão saiu prejudicado, mas quem o substituiu entre os rubro-taurinos não teve culpa. Seria hipócrita culpá-lo duas vezes, se for achar que corrida se julga por normas do código de trânsito, já que em cada ocasião, foi um que bateu na traseira. Ambos chegaram ao pódio e de quebra... quem levou o prêmio de Piloto do Dia mesmo? Kvyat, que apenas se manteve em sua linha. Aliás, único pódio da Red Bull no ano, conquistado por ele. Ali, ele ganhou o apoio de seu chefe Christian Horner e o chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene, sempre sincero, mas justo, não o culpou.

Em Sochi, sim, Vettel teve todo direito de reclamar e sem dúvida seu peso como tetracampeão e ex-piloto do time influenciou na decisão, ao ir reclamar com o senhor Horner morde e assopra (só que no caso, na ordem inversa). E Helmut Marko também foi duro nas críticas (se bem que o velho é costumeiramente ranzinza). Aliás, meio grid foi, e aí sim, com razão. Kvyat errou, e errou feio. Pois ainda prejudicou Daniel Ricciardo. Não estou negando isso. Mas foi o erro de uma corrida, apenas, com o campeonato ainda no começo, e vindo de bons resultados na prova passada. A propósito, foi essa mesma crítica que fez Jenson Button, da McLaren, piloto mais experiente do grid. E o jovem russo conquistou sua vaga na Red Bull (porque Vettel saiu, mas... ainda tinha o que evoluir, mas era o mais próximo disso), e se manteve nesta até então, por já ter feito um bom trabalho na Toro Rosso e na temporada passada.

Bem... justo ou não, eles podem fazer isso. E seus quatro pilotos tinham consciência disso quando assinaram seus respectivos contratos.

Por outro lado, será bom ver o talento de Verstappinho num carro superior. Ele até merece, sim. Mesmo que também tenha passado por um período turbulento no ano passado, galerinha da memória curta. Mas ainda é muito jovem. Tudo ao seu tempo. E essa é a chance de Kvyat recuperar sua moral, embora não tenha muito pelo que se redimir. Apenas uma prova.


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Um abraço!
Paulo Vitor

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