segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O 300º GP de Jenson Button na Fórmula 1


Neste final de semana, Jenson Button chegou à incrível marca de 300 GPs na Fórmula 1. Não é todo dia que isso acontece (aliás, acho que só Barrichello e Schumacher passaram disso), então o campeão de 2009 merece essa homenagem aqui.

Atualização (02/09): só pra constar, Jenson Button esteve em 300 GPs, mas largou em 297... A Fórmula 1 separa esses números, mas de qualquer forma, até o final deste ano ele chega (e ultrapassa) às 300 largadas.

Filho do piloto de rallycross John Button, Jenson cresceu voltado para o automobilismo. Na base, ele venceu alguns torneios de kart e a Fórmula Ford.


O inglês entrou na Fórmula 1 no ano 2000, aos 20 anos, pela BMW Williams, ao vencer uma disputa interna pela vaga deixada por Alessandro Zanardi. E seu adversário foi o brasileiro Bruno Junqueira, que até então corria na Fórmula 3000 e após esse episódio, foi correr na Champ Car.


Button ficou apenas 1 ano na escuderia de Grove, mudando no ano seguinte para a Benetton, que logo seria adquirida pela Renault, onde ele permaneceu por mais 1 ano. Então veio a mudança para a Honda, na qual ele conquistou sua primeira vitória, no GP da Hungria de 2006, numa Hungaroring molhada.


Depois disso a equipe afundou e, no final de 2008, com a crise econômica mundial, a Honda decidiu deixar a Fórmula 1. Parecia que era o fim da carreira do inglês, assim como de seu companheiro, Rubens Barrichello.

E aí veio um dos maiores fenômenos da história da categoria: a Brawn GP.

Até então chefe e equipe da Honda, Ross Brawn decidiu comprar a equipe (ou o que restou dela), praticamente já na pré-temporada de 2009. E salvo engano foi por um valor bem baixo para a categoria. Quem pilotaria? Fala-se na possibilidade até de Bruno Senna e Lucas di Grassi terem entrado ali. Mas o chefe decidiu chamar seus pilotos já conhecidos, afinal, Button estava na equipe desde 2003 e Rubinho desde 2006. Por contratos de valor também baixo para pilotos do calibre deles, mas para quem estava sendo praticamente aposentado a força, toparam na hora.


Voltando ao certame às vésperas da temporada começar, e sendo os restos de uma equipe do fundão, parecia que seriam figurantes. Parecia. Mas na verdade, a Brawn GP em seu único ano de existência, experimentou uma ascensão meteórica.

Button venceu na abertura do campeonato na Austrália e na corrida seguinte, na Malásia. Na China, um 3º lugar e depois mais 4 vitórias consecutivas. Depois disso, só mais dois pódios e, fora seu único abandono no ano, Bélgica, ele esteve constantemente na zona de pontuação, que inclusive era menor naquela época. No GP do Brasil, com uma etapa de antecedência, conquistou seu título mundial. E a equipe também foi a campeã entre os construtores.


No final daquela temporada a Brawn GP foi vencida para a sua fornecedora de motores, a Mercedes-Benz, tornando-se em 2010 as Flechas Prateadas que temos no grid de hoje e que por algum tempo continuou sendo chefiada por Ross Brawn.

O campeão foi para a McLaren, que também corria com os motores alemães e teve como companheiro ainda "apenas" campeão de 2008, Lewis Hamilton (aliás, notem que Button sucedeu Hamilton como campeão inglês).


Em seu primeiro ano no time de Woking, conquistou 2 vitórias e subiu ao pódio outras 5 vezes. E quebrou na Bélgica, de novo. Mas foi em 2011 a sua melhor participação desde que entrou para a equipe onde está até hoje, conquistando um vice-campeonato perante a invencibilidade da Red Bull.

Aliás, em 2011, em seu 200º GP, que foi justamente na Hungria, onde ele conquistou sua primeira vitória, ele venceu.

A comemoração do 300º GP não foi tão boa. Numa McLaren-Honda que vem crescendo aos poucos e tem que brigar para chegar ao Q3 e na zona de pontuação, Button tomou uma "arrombada" de Pascal Wehrlein da Manor, que tirou ambos da corrida. Onde mesmo? Na Bélgica. Se não tivesse vendido lá em 2012, eu diria que essa pista não gosta muito dele. Sua penúltima vitoria, diga-se de passagem. A última foi na última corrida desse mesmo ano, no GP do Brasil, justamente onde ele foi campeão.


O que o futuro guarda para Jenson Button? Na Fórmula 1, há uma chance dele permanecer na McLaren, mas possivelmente lá ele será substituído pelo reserva Stoffel Vandoorne. Caso isto aconteça, desde que a cúpula de Woking resolva essa questão logo, existe uma possibilidade dele voltar para a Williams, onde tudo começou.

Mas Jenson, aos 36 anos, também olha para fora da categoria. Para o WEC, ou fazer o que seu pai fazia, que era o rallycross. Seja como for, você já escreveu uma história e tanto, campeão!


Página do AutoblogPV8 no Facebook: https://www.facebook.com/Autoblogpv8

Um abraço!

Nenhum comentário:

Postar um comentário